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Introdução ao Estudo das Relações Internacionais – IERI
Vinte anos de crise: 1919 – 1939; CARR
Capítulo I – O começo de uma ciência
Apesar de que a opinião pública era consciente dos acontecimentos internacionais, sobretudo devido às guerras, a população delegava estes assuntos a diplomatas. Em nenhuma universidade, havia um estudo organizado das questões internacionais correntes. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) marcou o início da popularização internacional, sob a forma de uma agitação contra tratados secretos, que eram vistos como causas da guerra. A culpa desses tratados era atribuído à falta de interesse dos povos.
Objetivo e análise em Ciência Política
Engels: “Se a sociedade tem uma necessidade técnica, isto serve como impulso maior ao progresso da ciência do que dez universidades”. “O desejo é o pai do pensamento” O pesquisador, nas ciências políticas, inspira-se no desejo de curar algum mal do corpo político. Diferentemente das ciências físicas, os fatos podem ser mudados pelo desejo de mudá-lo. O objetivo e a análise tornam-se partes e parcelas de um único processo.
Todo julgamento político ajuda a modificar os fatos a que se refere.
O papel da Utopia
Inicialmente, o elemento do desejo ou objetivo é extremamente forte, e a inclinação para a análise de fatos ou de meios é fraca ou inexistente ~> elaboração de projetos visionários.
O estágio inicial de aspiração, tendo em vista um fim, é um fundamento essencial do pensamento humano.
O desejo passional de evitar a guerra determinou todo o curso e direção iniciais do estudo. A ciência da política internacional tem sido marcadamente utópica.
Woodrow Wilson: “Se (a Liga das Nações) não funcionar, teremos de fazê-lo funcionar”.
O impacto do realismo
As ciências políticas nunca podem emancipar-se totalmente da utopia, e a fase utópica de desenvolvimento pode ficar suscetível de permanecer num estágio inicial mais longo.
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