Dutra
O general Eurico Gaspar Dutra, até então ministro da Guerra no governo de Getúlio Vargas, candidatou-se ao cargo, pelo PSD (Partido Social Democrático). A UDN (União Democrática Nacional), partido de oposição, lançou o nome de outro militar, o brigadeiro Eduardo Gomes. Dutra, com apoio de Vargas, foi eleito Presidente da República com uma ampla vantagem de votos.
Ele assumiu o governo em janeiro de 1946. Paralelamente a sua posse, organizava-se uma Assembléia Constituinte, responsável pela elaboração de uma nova Constituição, que vigoraria de 1946 até o Golpe Militar, em 1964. A nova Constituição estabeleceu a divisão dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário), o mandato de cinco anos para cargos executivos e firmou definitivamente o voto feminino para maiores de 18 anos.
Dutra iniciou seu governo num período transitório, entre o fim da II Guerra Mundial e os primeiros sinais da Guerra Fria. Desde então, o Brasil firmou laços com os Estados Unidos e, consequentemente, o PCB (Partido Comunista Brasileiro) sofreu perseguições e foi posto na ilegalidade.
No plano econômico, o presidente Dutra adotou uma política mais liberal, de não intervenção do Estado na economia, medida que desagradou aos seus correligionários. Dutra distanciou-se um pouco de Getúlio Vargas, conseguindo, assim, o apoio da UDN.
Seu objetivo era poder governar sem oposição e aprovar seus principais projetos para o Brasil. Foi o que ele conseguiu. Uma de suas primeiras medidas foi proibir os jogos de azar e acabar com cassinos.
Além disso, Dutra empreendeu grandes obras, como a construção da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), criação de indústria petrolífera e a pavimentação da estrada que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, uma das principais do país, que foi nomeada Rodovia Presidente