durkhein
Na adolescência , o jovem David Émile presenciou uma série de acontecimentos que marcaram decisivamente todos os franceses em geral e a ele próprio em particular: 1º de setembro de 1870, a derrota de Sedan; 28 de janeiro de 1871, a capitulação diante das tropas alemãs; de 18 de março a 28 de maio, a insurreição da comuna de Paris; 4 de setembro, a proclamação da que ficou conhecida como III República; a formação do governo provisório de Thiers até a votação da constituição de 1875 e a eleição do seu primeiro presidente(Mac Mahon). Thiers fora encarregado tanto de assinar o tratado de Frankfurt como de reprimir os communards, até a liquidação dos últimos remanescentes no “muro dos federados”. Por outro lado a vida de David Émile foi marcada pela disputa franco-alemã: em 1871, com a perda de uma parte da Lorena, sua terra natal tornou-se uma cidade fronteiriça; com o advento da Primeira Guerra Mundial, ele viu partir para o confronto numerosos discípulos seus alguns dos quais não regressaram, inclusive seu filho Andrès que parecia destinado a seguir a carreira paterna.
No entretempo, Durkhein assistiu e participou de acontecimentos marcantes e que se refletem diretamente nas suas obras, ou pelo menos nas suas aulas. O ambiente é por vezes assinalado como sendo o “vazio moral da III República”, marcado seja pelas consequências diretas da derrota francesa e das dividas humilhantes da guerra, seja por uma série de medidas de ordem política.
Ao mesmo tempo que essas questões políticas e sociais balizavam o seu tempo , uma outra questão de natureza economica e social não deixava de apresentar continuadas repercursões politicas e que se denominava “questão social”, ou sejas, as disputasd e conflitos decorrentes da oposição, entre o capital e o trabalho, vale dizer entre patrão e empregado, entre burguesia e proletariado. Um marco desta questão foi a criação em 1895, da Confédération Générale du Travail (CGT). A bipolarização social preocupava