Durkheim
O homem faz a sociedade ou a sociedade faz o homem?
Desde o princípio, existe uma preocupação em se responder a tal questionamento de um lado, a possibilidade de ver a sociedade como uma estrutura com poder de coerção e de determinação sobre as ações individuais e, de outro, a de ver o indivíduo como agente criador e transformador da vida coletiva.
Diante da necessidade de demonstrar a existência plena de uma vida coletiva com alma própria, acima e fora das mentes dos indivíduos, Buscaram delimitar um campo de investigação investiga fora da alçada da psicologia (que já lidava com a mente do indivíduo); Outros pensaram em tratar a ação individual como o ponto de partida para entendimento da realidade social e na capacidade dos homens de forjar a sociedade a partir de suas relações uns com os outros.
Entendeu-se portanto que, a sociedade faz o homem na mesma medida em que o homem faz a sociedade. Preferir uma parte do problema em detrimento da outra e apenas uma questão de ênfase.
Durkheim e o pensamento sociológico
Fortemente influenciado pelo cientificismo do século XIX, preocupado com o objeto e método da sociologia, O Francês Emile Durkheim (1858-1917) vislumbrou em sua obra a existência de um "reino social” ou "reino moral”, lugar onde se processariam os "fenômenos morais", e seria composto por ambientes constituídos por "idéias" ou pelos "ideais” coletivos. Toda vida social se dá, para Durkheim, nesse "meio moral".
Entender que tal meio coletivo seja real e determinante na vida das pessoas, não é algo evidente por si mesmo, achava Durkheim. A sociedade, a vida coletiva,deve ter suas leis próprias, independentes da vontade humana, que precisam ser conhecidas. Cabe a sociologia, descobrir as leis da vida social.
Sua pretensão é apresentar a sociologia como uma ciência positiva. como um estudo metódico. Durkheim compreendia "lei" como uma "relação necessária". O meio moral deve ser tomado como um elado bruto a