Durkheim e a sociedade
INTRODUÇÃO:
Durkheim é apontado como um dos primeiros grandes teóricos da sociologia preocupava-se em criar regras para o método sociológico, garantindo-lhe um status de saber científico, assim como as demais áreas do conhecimento, a exemplo da biologia, da química, entre outras. A Sociologia foi emancipada da Filosofia Social e a colocou como disciplina cientifica exata, havia uma grande preocupação com a definição sobre o objeto de estudo. Ele formulou com clareza o tipo de acontecimento sobre os quais o sociólogo deveria se debruçar: à sociologia caberia estudar somente os “fatos sociais”, e estes consistiriam em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção sobre este mesmo indivíduo.
Os fatos sociais respondem a nossa organização, mas para isso é necessário a aplicação de um método para compreendermos que objeto sociológico devia ser visto como se fossem “coisas”, como se fosse objetos de análise. O Homem naturalmente cria falsas noções do que são as coisas que o rodeiam, mas não é através da criação de idéias que se chegará a realidade. É necessário investigar, analisar os fatos para buscar as verdadeiras respostas sobre as leis naturais que regem o funcionamento e a existência, pois possuem existência própria e são externos em relação às consciências individuais. Os fatos sociais dariam o tom da ordem social, sendo construídos pela soma das consciências individuais de todos os homens e, ao mesmo tempo, influenciam cada um.
Alguns grupos exerciam pressão sobre o indivíduo: Durkheim inverte a visão filosófica de que a sociedade é a realização de consciências individuais. Para ele, as consciências individuais são formadas pela sociedade por meio da coerção. Formação do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas, princípios morais, religiosos, éticos, de comportamento, etc. que balizam a conduta do indivíduo na sociedade.