Duarte Pacheco
Era filho de um comissário da polícia de Loulé. Aluno do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, onde se forma em 1923 em Engenharia Eletrotécnica e se torna professor ordinário e diretor interino em 1926 ensinando a cadeira de Matemáticas Gerais. A 10 de Agosto de 1927, torna-se seu diretor efetivo.
Em 1928, com 29 anos, ocupa pela primeira vez um cargo político, com a nomeação para ministro da Instrução Pública, exercendo estas funções apenas durante uns curtos meses. A 18 de Abril toma posse e a 10 de Novembro demite-se. Era o primeiro governo de José Vicente de Freitas, Presidente da Republica Óscar Carmona.
Nesse tempo teve uma missão que se veio a revelar de uma importância decisiva para o Sec. XX Português: vai a Coimbra convencer Salazar a regressar à pasta das Finanças. Salazar encontrava-se desiludido com a experiência anterior dos amargos cinco dias que participou do Governo de Mendes Cabeçadas e pela desgraça política financeira do General Sinel de Cordes, com quem tinha tentado colaborar. É Duarte Pacheco que negoceia as condições extraordinárias que Salazar pretende para voltar a ocupar o cargo. A missão foi bem sucedida, tanto que Salazar toma posse a 28 de Abril desse mesmo ano.
É sob a orientação de Duarte Pacheco, que se dá início à construção dos edifícios do Instituto Superior Técnico em Lisboa, construindo-se aquele que viria a ser o primeiro campus universitário português. Existe uma história curiosa quanto à origem dos vidros do edifício do Instituto. Diz-se que foram enviados por diversas indústrias vidreiras como amostras solicitadas pelo próprio Ministro, a fim de determinar o de melhor qualidade, sendo utilizadas nas janelas do edifício sem se terem informado as indústrias solicitadas e sem ter havido nenhum tipo de remuneração dos vidros usados.
Mas é com 33 anos que Duarte Pacheco encontra o seu próprio destino. Em 1932 volta a ser convidado por Salazar, que admirava o seu carácter, para