Dst: conceito das principais doenças
São grupos de infecções ou doenças endêmicas de múltiplas causas que incluem as doenças venéreas clássicas e um número crescente de entidades clínicas e síndromes que têm como traço comum a transmissão durante a atividade sexual. A importância dessas doenças está no fato de, além do alto risco de disseminação, poder ocasionar graves danos à saúde do indivíduo acometido. As conseqüências podem ser desde distúrbios emocionais, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade, lesões fetais, até câncer, além de facilitar a transmissão do vírus da AIDS (HIV). A ocorrência de casos de IST ou DST vem aumentando nos últimos anos, sendo considerada problema de saúde pública. Esse aumento é conseqüência das baixas condições socioeconômicas e culturais, das péssimas atuações dos serviços de saúde, do despreparo dos profissionais de saúde e de educação, da falta de uma educação sexual adequada, principalmente voltada para os jovens. A ineficácia dos serviços de saúde é notória, a notificação inadequada faz com que as estatísticas sejam falhas, dificultando a orientação de ações necessárias para o controle dessas doenças. Além disso, a automedicação, a prescrição por pessoas inabilitadas, a promiscuidade sexual, a dificuldade de investigação dos parceiros sexuais, a resistência aos antibióticos, o uso inadequado de métodos contraceptivos favorecem a disseminação dessas patologias. O risco de transmissão e aquisição do HIV numa pessoa com DST, ulcerada ou não, é alto. Na África, sabe-se que em até 98% dos homens e 40% das mulheres infectados pelo HIV, existe relato de presença de úlcera genital, provavelmente servindo de porta de entrada do vírus. O risco relativo de infecção por HIV segundo o tipo de DST é*:
• Tricomoníase: 2,7.
• Chlamydia: 5,7.
• Gonorréia: 8,9.
• Úlceras genitais: 18,2.
• Verrugas genitais: 4,1.
• Herpes genital: 6,5.
• Sífilis: 9,9.
Classificação
No período pós-guerra observou-se um aumento de doenças venéreas clássicas