A Psicologia Sócio-Histórica tem como base a teoria de Vygotsky que afirma que o desenvolvimento humano se dá por meio das relações sociais em que o indivíduo mantêm no decorrer de sua vida. Segundo Vygotsky, o desenvolvimento mental é marcado pela interiorização das funções psicológicas. Essa interiorização não é simplesmente a transferência de uma atividade externa para um plano interno, mas é o processo no qual esse interno é formado. Ela constitui um processo que não segue um curso único, universal e independente do desenvolvimento cultural. O que nós interiorizamos são os modos históricos e culturalmente organizados de operar com as informações do meio. as funções psicológicas superiores estão na base do desenvolvimento ontogenético que, na sua avaliação, não ocorre de forma retilínea, demarcando uma acumulação quantitativa, mas como uma série de transformações qualitativas e dialéticas. Elas são formadas em estágios, sendo cada um deles constituído por um processo complexo de desintegração e integração. Eles se distinguem por apresentar uma organização específica da atividade psicológica e por permitir o aparecimento de um dado comportamento. Vygotsky considerava que a aquisição da linguagem constitui o momento mais significativo no desenvolvimento cognitivo. Ela, a linguagem, representa um salto de qualidade nas funções superiores; quando ela começa a servir de instrumento psicológico para a regulação do comportamento, a percepção muda de forma radical, novas memórias são formadas e novos processos de pensamento são criados. Vygotsky enfatizava o processo histórico-social e o papel da linguagem no desenvolvimento do indivíduo. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. Para o teórico, o sujeito é interativo, pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com o meio, a partir de um processo denominado mediação. O teórico pretendia uma abordagem que buscasse a síntese do homem