Drogadição e a sociologia
Este trabalho se refere ao resultado de uma pesquisa sobre Drogadição: Na contemporaneidade e o papel do sociólogo no enfrentamento desta problemática.
No período de seis anos que atuei diretamente com a adolescentes/jovens pude perceber o quanto é uma fase tumultuada da vida destes sujeitos, devido às mutações biológicas e psicológicas vivenciadas.
Nesta fase passa a existir as curiosidades, as perguntas, questionamentos, o desejo de se reconhecer na sociedade que está inserido, de experimentar o novo, mesmo diante dos riscos, e um anseio de tornar-se apto ser protagonista de sua vida.
É o momento da busca da identidade própria, onde o adolescente/jovem não tem mais como base as orientações e o apoio vindo de seus pais e/ou responsáveis, mas também, nas relações que constrói com o grupo social no qual está inserido, principalmente o grupo de amigos.
As amizades tornam-se relações com sujeitos específicas no qual os adolescentes/jovens designam novas ligações afetivas formando assim, um ambiente social reduzido e homogêneo, em que os adolescentes/jovens encontram sua própria identidade num processo de influência social.
Compreende-se que a “família” enquanto instituição socializadora deveria ser conhecida desde seus primeiros modelos de constituição até ao arquétipo moderno onde sua estrutura toma diversas formas.
A família burguesa foi e é um dos exemplos mais conhecidos de família “perfeita”, (família Doriana) na qual os papéis são absolutamente “bem” decididos, no qual o pai é o mantedor e chefe da casa e a mãe assume o papel da mulher do marido, a famosa “Amélia”, e a ela também é designada a tarefa de educar os filhos. A família que não fosse de tal maneira, era estigmatizada como “desestruturada”, incompleta, fragmentada.
Hoje em dia vivemos em uma sociedade hipócrita e cheia de “pré” conceitos, vemos também quase que diariamente apelos homofônicos, por outro lado, existem movimentos sociais que estão no enfrentamento desta classe, podemos