Drenagem
Por muito tempo a drenagem urbana foi realizada de maneira a esgotar rapidamente as águas de montante para jusante numa concepção higienista com origem na Europa (SILVEIRA, 1998). Esta prática tinha o intuito de afastar rapidamente o volume indesejado das águas de origem pluvial como também os esgotos sanitários. Neste contexto se realizaram obras onerosas para conduzir tais volumes precipitados e gerados, enquanto que a conscientização sobre os erros admitidos deste procedimento era deixada de lado. Foi necessário, com o passar do tempo, que aquelas medidas estruturais compostas por obras vultosas fossem aliadas a medidas não estruturais juntamente com a integração de planos estaduais e federais. A ausência de sistemas de drenagem eficientes afeta à saúde pública por trazer à tona doenças de veiculação hídrica bem como perdas econômicas decorrentes das inundações. A importância de tais sistemas talvez não se apresente de forma clara, contudo são peças fundamentais no planejamento urbano e são responsáveis diretamente pela sustentabilidade do ambiente urbano frente às adversidades da natureza como as tormentas. Tanto a ausência como a ineficiência dos sistemas de drenagem urbana geram o aumento excessivo do volume de escoamento superficial, podendo ainda ser agravado pela expansão urbana. Este aumento do volume de escoamento superficial promove as enchentes que por consequência trazem consigo enormes prejuízos. A proposição de critérios a serem assumidos no dimensionamento das galerias de águas pluviais, o uso de equacionamento, sem qualquer emprego de ábaco, são partes integrantes de uma sistemática de cálculo que permite fixar diâmetro, declividade, recobrimento da galeria, bem como vazão e velocidade de escoamento, além de cotas do terreno, da galeria e de poços de visita que nortearão a construção da rede.
1.1 JUSTIFICATIVA
A dispersão das orientações para o projeto de galerias de águas pluviais, dada à pulverização das
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