Dragão Nenúfar é muito forte.
JURACI DÓREA (Juraci Dórea Falcão) nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 15 de outubro de 1944. Filho de Elberto Lisboa Falcão e Julieta Dórea Falcão. Arquiteto diplomado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (dezembro de 1968). Dirigiu o Departamento de Cultura do Município de Feira de Santana, na administração do professor José Raimundo Pereira de Azevedo, de 1994 a 1996, período em que idealizou o Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana. Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana (março de 2003). Dedica-se às artes plásticas desde o começo dos anos 60 e já participou de numerosas exposições no Brasil e no exterior. As obras de Juraci Dórea abrem-se como um estandarte sobre a vida sertaneja. Nelas, viceja o espírito de um povo simples e humilde do Sertão, elevam-se grandes referências da cultura popular. Sobretudo, uma obra que se plasma nos largos gestos da arte contemporânea em que o artista se insere, enriquecendo-a com suas peculiaridades. Poeta do cotidiano sertanejo, e atento aos sonhos, crenças e mistérios que tecem o Sertão, Juraci Dórea encena a multiplicidade, na qual afloram sua variedade de temas e gentes, de gestos e atos, de falas, texturas, bichos e astros. Performa, ainda, um universo de singulridades, lavrando em casa coisa uma densa temporalidade e uma aura mítica. A obra de Juraci Dórea é diversa em suas formas e efeitos. Visceralmente documental, espraia-se contudo, no vasto território dos símbolos. Potencializa-se em gestos ancestrais, dobra-se em forças líricas. Sertão. O que seria apenas fluxo do tempo, peripécias corriqueiras da vida, ganha aura poética ou mesmo profética, ganha corpo perene nos gestos performáticos que captam o exercício humano de viver, de conviver – Amar, Lutar, Labutar, Sonhar, Prosear, Criar...