DPOC

1. INTRODUÇÃO

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, sendo caracterizada por uma obstrução não totalmente reversível ao fluxo aéreo e perda progressiva da função pulmonar. Correlacionada à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar, a doença está associada à resposta inflamatória anormal dos pulmões, ocasionada por fatores físicos e químicos como a inalação de partículas ou gases tóxicos causada, geralmente, a nível primário, pelo tabagismo. A DPOC é a quarta maior causa de morte nos Estados Unidos e há uma previsão de que a mesma venha a ser a terceira causa mais comum de morte no mundo até 2020. São readmitidos, durante o ano subseqüente as altas hospitalares, cerca 40 a 50% dos pacientes tratados, e 17% dos pacientes que buscam atendimento em emergências necessitam de hospitalizações.
O enfisema é definido, anatomicamente, como um alargamento anormal, permanente, dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, acompanhado de destruição de suas paredes, sem fibrose óbvia. Já a bronquite crônica é definida, clinicamente, pela presença de tosse produtiva, pelo menos, três meses por ano, em dois anos consecutivos, afastando outras causas de expectoração crônica. Compreendê-los é essencial para assimilar a relação com a DPOC.
O tabagismo, como supracitado, é um dos principais fatores de risco, acompanhado da poluição aérea, poeira ocupacional, infecções respiratórias graves na infância, hiper-responsividade brônquica, dietas pobres em antioxidantes, prematuridade, desnutrição, entre outros.
Pacientes com DPOC apresentam uma importante fraqueza dos músculos inspiratórios, podendo provocar dispnéia e conseqüente redução do desempenho ao exercício. A principal causa da fraqueza desses músculos é a hiperinsuflacão pulmonar, a qual deprime a cúpula do diafragma, encurtando suas fibras, além de acarretar mudanças geométricas nos músculos intercostais paraesternais, fazendo com que estes