DOWNSTREAM
1. Introdução
O petróleo após ser extraído do subsolo segue um caminho longo até chegar ao consumidor final na forma de derivados. Sabe-se, a essa altura, que o petróleo bruto, para adquirir a relevância de ser o principal motor das economias do mundo, deve passar por um conjunto de transformações e, posteriormente, passar por um sistema logístico que proporcionará o acesso à sua riqueza energética.
Pelo fato dos campos petrolíferos não serem localizados, necessariamente, próximos dos terminais e refinarias de óleo e gás, é necessário o transporte da produção através de embarcações, caminhões, vagões, ou tubulações (oleodutos e gasodutos). Entre o poço e a refinaria, devido às características do petróleo retirado (misturado ao gás associado e a salmoura – água, sais e sedimentos), faz-se necessário alguns tratamentos após a extração. A retirada da salmoura, por exemplo, evita a corrosão e acumulação de sólidos nas tubulações por onde o óleo passa, e a retirada do gás evita a corrosão e explosão.
Assim, faz-se o tratamento primário nos próprios campos de produção, de modo a separar óleo, gás e água, através de dois processos: decantação e desidratação. A primeira ocorre pela separação de fases de acordo com a densidade e a segunda pela adição de substância química desemulsificante, que permitirá a retirada de água emulsionada no óleo (gotículas dispersas de água no óleo).
“Somente após o tratamento primário pode ser enviado à refinaria, dentro das especificações exigidas, isto é, no máximo 1% de água e sedimentos, e mínimo teor de gases”.
2. Refino
Para que os derivados (frações de aplicação comercial e maior valor agregado) possam ser obtidos, é necessário o processamento do petróleo, e este processamento (em suas inúmeras atividades), é chamado: Refino.
2.1 Características do Refino no Brasil
As refinarias do Brasil surgem com mais força na década de 50, como um esforço de redução da evasão de divisas que ocorria por conta da