Doutrinas sociais do século XIX
As terríveis condições de trabalho e de vida do proletariado industrial inspiraram alguns pensadores a questionar a sociedade capitalista. No começo do século XIX, surgiram os pensadores socialistas. Os principais foram os franceses Saint-Simon e Fourier e o inglês Charles Owen. Eles criticavam o individualismo capitalista e propunham a criação de uma sociedade baseada na igualdade e no trabalho cooperativo.
Os mais destacados pensadores socialistas do século XIX foram os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, autores do famoso Manifesto comunista (1848). Eles acusaram os outros socialistas de serem “utópicos”, ou seja, de não conseguirem mostrar como se poderia destruir o capitalismo e construir uma nova sociedade. (“Utopia” significa “sonho bonito, masirrealizável”). Marx e Engels fundaram o socialismo científico. Na obra O capital (1867), Marx declara acreditar que tinha provado cientificamente que o capitalismo seria sempre uma sociedade injusta e irracional. Para ele, o proletariado deveria se organizar e fazer uma revolução para tomar o poder, destruir o capitalismo e o domínio da burguesia, e construir uma sociedade baseada na propriedade social (as empresas, as terras, os bancos etc. pertenceriam a toda a sociedade).
Outra doutrina política revolucionária do século XIX foi o anarquismo, cujo principal defensor era o russo Bakunin. Os anarquistas rejeitavam qualquer instituição na qual houvesse pessoas dando as ordens e pessoas obedecendo. Para eles, ninguém tem o direito de dar ordens a outro ser humano. Por isso, os anarquistas eram contra a propriedade privada, o capitalismo e o Estado. Não participavam de eleições e não tinham partido político. Existiram diversos tipos de anarquistas. Uns eram totalmente pacifistas, outros recorriam ao terrorismo contra as autoridades etc.
Representantes do movimento operário europeu (socialistas utópicos, sindicalistas, marxistas, anarquistas etc.) fundaram em