VARIOS
Falando de controle, relembramos poder. Poder por sua vez é algo natural do ser humano e o motiva a conquistá-lo como forma de triunfo, glória, ascensão, fama e até mesmo subjetivamente paz interior e o então sonhado estado de tranquilidade. O consumismo tem sido o meio mais influente nessa teoria hierárquica, manipulando e até mesmo controlando de tal forma a sociedade que esta deixou de ser o dominador e por fim está sendo dominada.
2.1 O controle subliminar do consumismo sobre sociedade pós-moderna
A partir desses desejos irredutíveis, as pessoas tendem a querer sempre mais, e nessa disputa e anseios são como máquinas ou robôs programados exatamente para essa função. O desejo, segundo Freud, é a única forma de se ter prazer, sem que haja necessidade de experimentar. Para Marcuse, o princípio da realidade é o princípio do desempenho (resultados por punição e bonificação), e para desfrutar do prazer do consumo, o ser humano é unidimensional, trabalhando para consumir. O consumo é o princípio do prazer de forma repressiva Mercuse (1964, apud JORDANA 2011).
Considerando ambas as teorias, nota-se que os desejos trazem consequentemente á necessidade de experimentar, ainda que as conclusões finais não sejam tão agradáveis quanto o que se esperava; e assim vão surgindo mais e mais necessidades e comportamentos ilusórios que na verdade são apenas disfarces da própria realidade.
As influências culturais e sociais também desempenham um papel intra-associativo nesse contexto, já que o indivíduo se sente na obrigação de fazer parte do todo, e por esse motivo precisa seguir os padrões dos demais. Ao contrário do que se pensa, o ser humano tem se tornado cada vez mais individualista e menos aprofundado socialmente, onde a realização dos seus desejos é procurada por meio do consumo e talvez de uma forma não muito eficaz.
Essa situação psicossocial começa a tomar forma em meio à fragmentação cultural trazida pela pós-modernidade,