Doseamento de colinesterases
Dionísio, N.1; Pocinho, M.2; Gabriel, A.3.
1Aluno do 3º ano do curso de Análises Clínicas e Saúde Pública
2Professora Doutora titular da disciplina de Metodologias de Investigação
3Professor titular da disciplina de Bioquímica Clínico-Laboratorial, pertencente ao departamento de Análises Clínicas e Saúde Pública
1. Resumo
A doença de Parkinson é uma doença crónica, progressiva, neuro-degenerativa progressiva, caracterizado por movimentos involuntários (tremores). A patologia resulta de disfuncionamentos a nível dos sistemas dopaminérgico e colinérgico. A contracção dos músculos é regulada por um equilíbrio entre a dopamina e a acetilcolina. Esta última tem uma função excitatória no tecido muscular enquanto que a dopamina actua inibindo-a. A doença surge quando ocorre um desequilíbrio ou por falta de dopamina ou por excesso de acetilcolina. A Acetilcolinesterase e a butirilcolinesterase são duas enzimas que hidrolisam a acetilcolina em colina e ácido acético, com o objectivo de a remover. Muitas substâncias naturais e químicas, como pesticidas, podem inibir estas colinesterases, não havendo então nenhuma enzima para hidrolisar a acetilcolina levando a sua acumulação e consequentemente a um aumento da estimulação contráctil. Neste contexto, através do estudo da influência das colinesterases na Doença de Parkinson, poderá contribuir-se para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e definição de novos marcadores de prognóstico. Os objectivos deste projecto consistem na determinação dos níveis séricos e da actividade enzimática das colinesterases e comparar os resultados entre dois grupos: 15 pacientes com Doença de Parkinson e 15 indivíduos saudáveis. A quantificação das enzimas será feita por métodos colorimétricos e espectrofotométricos. O esclarecimento dos mecanismos envolvidos nesta patologia poderá permitir melhorias no prognóstico e desenvolver progressos ao nível do acompanhamento clínico