dosagem de enzimas e hormônios
MÉTODOS IMUNOLÓGICOS PARA DOSAGEM DE DROGAS, ENZIMAS E HORMÔNIOS
O desenvolvimento da metodologia dos imunoensaios durante os últimos 45 anos aconteceu, quase simultaneamente com a aplicação imediata das inovações para a realização de ensaios clínicos, principalmente dosagens endócrinas. No final de 1959 dois pesquisadores do NIH (National Institute of Health) em Bethesda-EUA, Berson (médico) e Rosalyn Yalow (física) estudavam a biocinética da insulina em seres humanos marcada com 125I. Embora o objetivo do trabalho de Berson e Yalow fosse estudar a biocinética da insulina eles resolveram utilizar os anticorpos como aquele reagente específico que estava faltando para reagir com as moléculas biológicas complexas. Descobriram uma das mais importantes ferramentas da análise clínica: os ensaios imunorreativos. Revolucionaram a Endocrinologia, a Gastroenterologia e outros campos da medicina e biologia. Na época, os traçadores radioativos eram praticamente a alternativa mais sensível para acompanhar as reações químicas e daí terem usados os traçadores radioativos marcados com 125I ou 3H. Por isso esses ensaios imunométricos foram denominados de radioimunoensaios. Anos depois o traçador radioativo foi substituído por moléculas marcadas com produtos fluorescentes ou com terras raras como o Európio, entretanto, o princípio fundamental é o mesmo. Os ensaios imunorreativos são um grupo de técnicas analíticas que têm por base interações específicas de anticorpo/antígeno e que produzem um sinal mensurável que pode ser relacionado com a concentração de um composto numa solução. Permitem medidas rápidas e precisas, apresentam limiar de detecção da ordem de nanogramas ou picogramas. Imunoensaios utilizam um ou mais anticorpos seletivos para detectar os analitos de interesse. Os analitos que se medem podem ser aqueles que estão presentes no corpo naturalmente (como por exemplo um hormônio da