Dor de Pensar em Pessoa Ortonimo
Pessoa não é totalmente feliz pois é demasiado racional e isso provoca-lhe dor.
O Poeta deseja ser menos racional, simplesmente sentir as emoções sem pensar, agir por instinto. Como o diz no poema “Gato que brincas na rua”.
Pessoa inveja todos aqueles que são inconscientes como o caso do “gato” e da “ceifeira”. Inveja-os porque sabe que a inconsciência e algo que ele nunca pode alcançar pois a racionalidade é algo que o domina impedindo-o de simplesmente sentir, causando-lhe dor e infelicidade. Além de que deseja ser inconsciente sem abdicar da própria consciência, algo impossível. Como diz no poema “Ela canta pobre ceifeira”.
Concluindo, a “dor de pensar” a que o Poeta se refere provém da racionalização das sensações a qual o poeta não pode escapar causando-lhe infelicidade.
Fingimento Poético:
Pessoa afirma que um poeta é um fingidor.
Isto porque no momento da criação, o poeta finge todas as emoções postas no papel, pois na realidade elas não estão a ser sentidas, simplesmente o poeta finge senti-las através de recordações de momentos em que as sentiu com a ajuda da imaginação. Por exemplo o poeta para expressar dor num poema não é necessário estar a senti-la, simplesmente basta recordar-se de algum momento em que a tenha sentido.
O poeta durante o processo de escrita tem de representar essas emoções recorrendo a ajuda da imaginação e do pensamento, pegando em memórias passadas e pô-las em palavras para que representem melhor possível o sentimento que quer transmitir.
Concluindo, o fingimento poético resume-se à capacidade do poeta fingir emoções através do intelecto.
Nostalgia de Infância:
Pessoa sente nostalgia em relação aos seus tempos de criança.
As crianças são símbolo da inocência, são seres simples, espontâneos e concentrados. E também o Poeta quer ser assim sentir sem racionalizar, deixar de fingir as emoções, sentir sem pensar, simplesmente sentir.
O poeta não sabe se foi feliz ou não durante a sua infância, e do