Dominio Filipino
•No final do século XVI, Portugal perdeu a sua independência depois da morte de D. Sebastião (1554-1578), na batalha de Alcácer Quibir, sem deixar descendentes. Após o curto período de governação do cardeal D. Henrique (1512-1580), tio-avô do monarca falecido, a sucessão ao trono coube a Filipe II (1527-1598), rei de Espanha, neto de D. Manuel I. A sua aclamação como rei de Portugal nas cortes de Tomar, de 1581, significou o fim da independência portuguesa e o início da União Ibérica que durou 60 anos.
DOMÍNIO FILIPINO
•Durante a governação de Filipe II, a identidade e a relativa autonomia de Portugal foram mantidas através do cumprimento dos princípios associados à monarquia dualista, isto é, o monarca era, simultaneamente, rei dos portugueses e dos espanhóis, separando os interesses de cada país e respeitando os seus usos e costumes. Porém, no reinado seguinte, Filipe III (1578-1621) iniciou um processo de centralização da administração que reduziu a autonomia portuguesa. Foram tomadas medidas e decisões muito impopulares que causaram grande descontentamento:
Nomeação de espanhóis para instituições que tratavam de assuntos portugueses;
Aumento de impostos;
Utilização de tropas e embarcações portuguesas na Guerra dos Trinta Anos;
Desinteresse pela defesa dos territórios coloniais portugueses e Inglaterra e Holanda aproveitam para se apoderarem de desses territórios (Brasil, S. Jorge da Mina, Arguim, Ceilão…) Foi com a governação de Filipe IV (1605-1665) e do seu valido o conde-duque de Olivares (1587-1645), que a situação se agravou. De facto, o fim de instituições destinadas ao governo de Portugal (Conselho de Portugal) e o agravamento dos impostos sobre os súbditos portugueses, para fazer frente às despesas militares dos espanhóis, fizeram da Espanha a causadora de todos os males. Assistiu-se à generalização de levantamentos populares, entre os quais se destacaram a "revolta das maçarocas", no Porto, em 1628, e a