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Revista literária: PresençaNa minha apresentação irei falar sobre a revista literária Presença. Esta revista foi lançada a 10 de Março de 1927 e foram publicados entre 54 a 56 números, não se sabe ao certo, até 1940, data do final desta revista devido às diferentes ideologias entre Gaspar Simões e Adolfo Casais Monteiro. Foi considerada uma das revistas mais influentes do séc. XX.
Os principais fundadores desta revista foram Branquinho da Fonseca e José Régio. Branquinho da Fonseca foi um escritor português do qual escreveu muitos textos em nome do seu pseudónimo António Madeira. Escreveu em vários géneros literários desde o texto lírico ao romance sendo principalmente a sua escrita focada em contos. Interessou-se também pela fotografia, desenho, cinema e o design gráfico.
Por outro lado, José Régio, pseudónimo de José dos Reis Pereira, foi um dos únicos escritores portugueses que dominou de igual forma todos os géneros literários e além desta vertente também era desenhador, pintor e grande colecionador de arte sacra e popular.
A Presença defendia e difundia a criação de uma literatura oposta ao academicismo e jornalismo rotineiro. Defendia o primado da crítica, com predominância do individual sobre o coletivo, da intuição sobre a razão, e do psicológico sobre o social, bem como uma literatura livre e mais viva. O espírito crítico estava patente não só “nos fundadores” mas como também em Albano Nogueira ou Guilherme de Castilho. Esta revista elegeu a revista Orpheu como a revista a seguir como modelo. Esta revista teve grande influência na difusão da segunda parte do modernismo, ou seja, uma geração denominada como “geração de presença” que defendeu a arte pura e a liberdade do artista e bem como continha artigos baseados no fado de coimbrã e no fado de Amália Rodrigues.
As páginas da Presença serviram ainda para a promoção e intercâmbio literário com vários poetas e prosadores brasileiros, à margem das iniciativas oficiais.
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