DOMINGOS OLÍMPIO
Em 1873 forma-se em Direito pela Faculdade de Recife e retorna ao Ceará, onde foi promotor público. Em 1879 transfere-se para o Pará, onde se dedica à advocacia e ao jornalismo. Em 1891 muda-se para o Rio de Janeiro. Lá exerce atividades como jornalista, escrevendo em periódicos como “O Comércio”, “Jornal do Comércio”, “Correio do Povo”, “Gazeta de Notícias”, “Cidade do Rio” e “O País”. Publicou em “Os Anais” o romance “O Almirante” e “Uirapuru”, este último deixando incompleto. Se entregando às mesmas ocupações.
No ano seguinte, vai a Washington, EUA, como secretário da missão diplomática encarregada de resolver o litígio de fronteiras com a Argentina.
Como literato teve sua importância devido aos seus romances e é patrono da Cadeira Nº 8 da Academia Cearense de Letras. Chegou a se candidatar para a Academia Brasileira de Letras, mas foi derrotado por Mário de Alencar, filho de José de Alencar. Foi apoiado apenas por Olavo Bilac.
Além de muitos romances, escreveu também peças teatrais, muitas das quais nunca foram encenadas e ficaram registradas somente em literatura.
Sua principal obra foi “Luzia-Homem”, 1903, um romance regionalista que retratava muito bem o cotidiano da cidade de Sobral (Ceará), lugar onde a história se passa. A obra marca a transição entre o regionalismo romântico e o regionalismo realista. Considerada um “clássico”, enquadra-se no “Ciclo das Secas” da Literatura Nordestina.
A história se passa no ano de 1878 e tem este título devido à sua protagonista reunir qualidades físicas de homem e a beleza de uma mulher. A jovem chama a atenção pela sua soberba, e durante a historia sofre diversos preconceitos devido ao modo como vive e se comporta.
Domingos Olímpio é considerado o precursor do romance moderno