Domesticação das espécies frutíferas cultivadas
Hudson de Oliveira Rabelo¹, Guilherme Matos Martins Diniz²
Resumo
A domesticação das espécies frutíferas advém de tempos antigos, e se mistura com a evolução do homem ao longo da história, que passou a manejar os recursos naturais a seu favor, abandonando a condição de nômade, se estabelecendo em locais fixos e cultivando seu próprio alimento. Um estudo minucioso das principais espécies frutíferas cultivadas atualmente permite a melhor compreensão dos processos de domesticação e disseminação destas culturas. Essas informações são de interesse dos programas de melhoramento, pois permite a identificação dos locais onde se possam buscar variedades crioulas, espécies silvestres e cultivares obsoletas ou estabelecidas. Essa revisão teve como objetivo compreender o processo de domesticação das principais espécies frutíferas bem com sua dispersão e utilização ao longo dos tempos. As principais distribuições se deram através dos colonizadores portugueses e espanhóis, que retornaram de suas expedições às terras americanas trazendo as mais diversas espécies daquele novo continente. Uva, banana, citrus, abacaxi, goiaba, manga, maracujá foram exemplos de espécies que foram introduzidas em vários ambientes viabilizando uma dispersão muito grande no mundo. A domesticação das espécies relaciona-se à evolução, só que realizada pelo Homem, e que, com o nível de conhecimento, essa denominação é incorporada ao melhoramento genético.
Palavras-chave: domesticação, frutíferas, dispersão, seleção
Introdução
O processo de domesticação consiste em um conjunto de medidas adotadas pelo homem para adequar as espécies às suas necessidades, de forma consciente ou não. Os povos mais primitivos tinham grande conhecimento das plantas silvestres e as utilizavam para os mais diversos fins de forma extrativista. A domesticação das espécies frutíferas advém de tempos antigos, e se mistura com a evolução do homem ao longo da história, que passou a