Dom Pedro
Prof. José Eduardo
INTRODUÇÃO: A ANTIGUIDADE DO TERMO LUSITÂNIA
Há que salientar o nome de Lusitânia na geografia da Península. Já no século VII, Santo Isidoro de Zevilha mencionava essa denominação no livro Etimologias; assim a designa também o mapa mundi manuscrito, do século XI, conservado na Biblioteca de Leipsig, onde a região estava identificada com o Território Portucalense.
Noutros mapas semelhantes, do século II, incluso no manuscrito do Liber Floridus de Lamberto repete-se essa identificação; do século XII, idem no anexo ao manuscrito de Mateus de Paris, que se guarda no Museu Britânico; do século XIV, da autoria de Ranolfo, o mesmo significativo fato se repete.
O DOMÍNIO ROMANO
Nos meados do século I a.C. chega à Hispânia, como governador Caio Júlio César. Ainda sustenta embates com os lusitanos e outros povos rebeldes do norte, enquanto, no Sul, estabelece relações cordiais com algumas cidades e lhes dá, em sinal de bom convívio, a honra de serem designadas pelo seu próprio nome.
Logo o Imperador estabelece como base essencial do seu programa de governo a pacificação de todos os territórios dominados por Roma; visita, por sua vez, a Península. Obteve um período de calma, de organização, de prosperidade.
Segue-se a romanização progressiva da Península. Roma é centro irradiante da mais forte civilização, de caráter imperial, cultural e militar.
Os romanos abrem as maravilhosas vias de pedra, erguem documentos, promovem o desenvolvimento das ciências e das artes, estimularam poderosamente as indústrias, reproduzem, na política e na administração, do mesmo modo que se fazia na metrópole.
Ainda hoje, restaram abundantes vestígios que atestam a grandeza e a opulência a que a Península atingiu durante o seu governo.
Na parte administrativa, ressalta-se a criação do município, cuja definição era a seguinte: municipium uma cidade aliada ou submetida, cujos habitantes receberam coletivamente do