Dom casmurro
1ª CENA = Introdução.
DOM CASMURRO - (velho)-uma noite destas vindo da cidade para o engenho novo encontrei no trem da central um rapaz aqui do bairro que eu conheço de vista e de chapéu ,(pausa) cumprimentou-me, assentou-se ao pé de mim falou da lua e dos ministros e acabou recitando-me versos, a viagem era curta e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus, sucedeu porem que, (respiração longa)como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes.
DOM CASMURRO- continue! São muito, bonitos.
Moço do trem- Ja acabei!
Moço do trem - (descendo do trem)- DOM CASMURRO, DOM CASMURRO!!!
No dia seguinte o jovem poeta insultou-me com nomes feios e acabou apelidando-me Dom Casmurro.
DOM CASMURRO- Os vizinhos que não gostam, dos meus habitos reculzos e calados deram asas ao apelido que terminou pegando, nem por isso me zanguei contei aos amigos a agora por graça me chamam assim, não consultes dicionários ,Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, pois seu significado para o povo é o de homem calado e metido consigo mesmo, Dom veio por ironia, para atribuir-me ares de fidalgo.
DOM CASMURRO- antes de escrever o meu livro, digamos os motivos que me ponho a pena na mão, vivo só como criado, a casa em que moro é própria eu a fiz construir como uma reprodução da casa que me criei, a antiga rua de mata cavalos tudo no mesmo aspecto da quela outra que desapareceu.
DOM CASMURRO-Ai vinde outra vez inquietas sombras, meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, restaurar na velhice a adolescência, meu senhor não consegui recompor o que foi e nem o que fui, mas em ponto seu rosto é igual a fisionomia é diferente, se só me faltasse os outros tá la um homem só consola dez pessoas que perde(ascende vela). DOM CAMURRO- mas falta eu mesmo, e esta lacuna é tudo, os amigos que me restam são de data recente, os antigos foram todos estudar a geologia dos campos santos.
DOM CASMURRO- comecemos por uma celebre tarde de