Dollynho
No caso do ouro de aluvião, aquele que se encontra no sedimento dos rios, a retirada do metal requer técnicas manuais (como a bateia) e a separação de outras substâncias como fragmentos de areia e rochas por meio de uma amalgamação com mercúrio metálico. Nessa técnica o mercúrio se une ao ouro formando um amálgama (união do mercúrio com o ouro) que é muito denso e fica depositado no fundo da bateia, enquanto outros sedimentos são levados pelo rio.
Há décadas, o mercúrio (Hg) é usado para a purificação do ouro (Au). Além de ser o único metal líquido na temperatura ambiente o mercúrio consegue se unir facilmente com o metal precioso. Os garimpeiros jogam o mercúrio junto do aurífero originando a formação do amálgama. Depois esse amálgama é aquecido em altas temperaturas; o mercúrio que tem ponto de ebulição mais baixo se volatiliza (vaporiza); concomitantemente, ocorre a fusão entre as partículas do ouro, no fundo do recipiente. O excesso de mercúrio usado no processo de amalgamação é lançado diretamente no rio.
Essa técnica vem, ao longo dos anos, causando danos ao meio ambiente e às populações que vivem nas regiões de garimpos que a praticam. Isso acontece porque o mercúrio utilizado na amalgamação do ouro é transferido para atmosfera na forma de vapor e para as águas dos rios, na forma de mercúrio metálico (Hg0), dimetilmercúrio (CH3) 2Hg ou de metilmercúrio (CH3Hg+), que é a forma mais tóxica.
Atualmente, as pepitas são extraídas com o auxílio de sais de cianeto, composto químico extremamente tóxico, para que o processo de extração seja mais rápido. O grande problema são os impactos ambientais e os riscos à saúde humana causados por esse tipo de composto químico.
O cianeto pode causar de dores de cabeça, náusea, desmaio, vômito e confusão, à taquicardia, dispneia e convulsões, tanto em animais quanto em seres humanos, entre inúmeros outros problemas.
Nova técnica
Cientistas da Universidade Northwestern, nos EUA, descobriram acidentalmente que