Consenso de Washington e suas consequências. Foi uma reunião organizada pelo Instituto Internacional de Economia, em Washington. Propôs reformas para os países da América Latina visando à retomada do crescimento e desenvolvimento econômico. Várias medidas foram impostas, como austeridade fiscal, juros altos para atrair maiores investimentos e privatizações em nome da incompetência dos Estados, sendo os setores privados mais capacitados para administração. Os países que quiserem empréstimos do FMI devem seguir essas medidas à risca. A única crise que os países centrais querem solucionar é a crise financeira. O Consenso de Washington, contudo, não foi bem recebido pelas camadas populares na América Latina. No Equador, em 2000, um movimento indígena comanda a revolta. A dolarização provoca um levanta popular que termina com a queda do presidente. Na Bolívia, o governo pressionado pelo Banco Mundial e pelo FMI privatizou a água potável, desencadeando várias revoltas populares independentes. Depois da morte de um jovem, a pressão popular fez com que isso fosse revogado. Em seguida, mas de 70 pessoas morreram na luta pelo controle do gás e petróleo. A economia da Argentina foi destruída pela ditadura militar pelos experimentos do neoliberalismo. As privatizações levaram a grandes problemas no país: fábricas fechadas, empreendimentos abandonados, trabalhadores desempregados. No final de 2001, a desdolarização da economia levou as pessoas de classe média às ruas que agora eram os novos pobres. No Brasil, a privatização de grandes estatais levou a processos isolados. O Consenso de Washington não foi necessário nem suficiente para o crescimento. Na Bolívia, que seguiu todos os mandamentos, não houve mudanças. Já a China, que não seguiu absolutamente nada, cresceu. É que afirma o ganhador do prêmio Nobel em economia Joseph Stiglietz.
“As decisões do Parlamento sempre vão contra os pobres” – Protestante boliviano.