Dolly acusa coca-cola de concorrência desleal
Dolly acusa Coca-Cola de concorrência desleal
A Dolly, marca popular de refrigerantes, entrou com protocolo administrativo contra a gigante Coca-Cola no
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), acusando-a de concorrência desleal e abuso do poder econômico.
A empresa nacional quer a aplicação de Lei Antitruste e afirma, ainda, que processará a multinacional nos tribunais americanos. Sustenta também que pedirá indenização milionária por danos morais e patrimoniais.
O empresário Laerte Codonho, proprietário da Dolly, afirma ter provas de que a Coca-Cola "armou" uma série de armadilhas para "detoná-lo" e acabar com sua empresa. Ele deu o nome de "arquivo lodo" à base de dados com as supostas provas contra a multinacional.
A estratégia da Coca-Cola para destruir a Dolly, segundo Codonho, usou e abusou de armas como espionagem, ameaças, pressões junto a fornecedores, sabotagem, corrupção e disseminação de boatos junto aos consumidores.
A reportagem da revista Consultor Jurídico deixou dois recados para a assessoria de imprensa da Coca-
Cola, mas não obteve retorno até o fechamento da notícia.
"Arquivo lodo"
As provas mais preciosas do arquivo de Codonho seriam gravações com o executivo Luis Eduardo
Capistrano do Amaral, que teria cometido as ilegalidades a mando de seus superiores na empresa
Panamco e da matriz da multinacional.
Capistrano é ex-diretor de compras e estratégias da Panamco — hoje de propriedade de Coca-Cola Femsa
—, empresa responsável pelo engarrafamento, distribuição e venda de produtos da marca Coca-Cola, principalmente, na América Latina.
Um dos motivos que teriam despertado a ira da Coca-Cola contra a Dolly seria o fato de "o sabor guaraná estar ganhando mercado das colas".
Acusação na Internet
Entre as supostas provas de Codonho, estaria a revelação de Capistrano de que a foi a Coca-Cola que criou e divulgou na Internet uma mensagem falsa afirmando que os refrigerantes Dolly faziam mal à saúde.