Case coke
9.114.226 - Alessandra Maria Martins Gaidargi
Coca-Cola usa mais garrafa de vidro para atrair a classe C
Wilson Gotardello Filho
Gazeta Mercantil
Muito popular até o início da década de 1990, as garrafas de vidro, que desapareceram dos pontos-de-venda com o surgimento das garrafas de plástico - as chamadas Pet -, estão voltando às gôndolas dos supermercados. Em 2000, por exemplo, a Coca-Cola possuía apenas um modelo de vidro utilizado no Brasil inteiro. Esse cenário mudou. Hoje, a gigante de bebidas totaliza sete modelos de vidros e tem traçado um plano de substituição de todos os disponíveis no mercado por modelos mais leves e econômicos, que têm como alvo as famílias das classes C menos e D. "Estamos aumentando os investimentos em vidro", afirmou Marco Simões, diretor de comunicação da Coca-Cola. "O nosso consumidor das classes A e B prefere conveniência, latas ou garrafas PET de 600 ml. Para as famílias de classe C menos e D a gente tem as embalagens retornáveis", disse Simões. Por conta disso, o executivo afirmou que o crescimento das embalagens retornáveis tem se destacado no Nordeste. "Nosso crescimento no Brasil é afetado pelo aumento da renda. O consumo está crescendo no Nordeste, nas regiões mais pobres." Hoje, segundo dados da AC Nielsen, cerca de 13% das vendas de refrigerantes da Coca-Cola no Brasil são em garrafas de vidro. Em 2006, a empresa registrou vendas de 7,4 bilhões de litros de bebidas não alcoólicas, a maior parte desse volume de refrigerantes. As vendas em garrafas de 290 ml lideram entre as sete embalagens de vidro da companhia, representando 5% das vendas de refrigerantes. Em todo o mercado brasileiro desse tipo de bebida, o vidro possui 12,3% de participação, segundo a Associação das Indústrias de Refrigerantes (Abir). As embalagens PET dominam o mercado com 79,8% do total, enquanto as latas ficam com 7,9%. Os dados são de dezembro de 2006. Segundo Simões, a Coca-Cola possui modelos