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Valéria era uma menina rica, estudava numa boa escola, e tinha muitos sonhos como qualquer outra menina da sua idade. No tempo dela a AIDS na maioria dos lugares, principalmente aqui no Brasil, era vista como uma doença que não tinha cura e as pessoas discriminavam muito quem tinha essa doença.
A história é uma autobiografia de Valéria Piassa. Ela adquiriu AIDS aos 16 anos em sua primeira relação sexual. Se isso já não fosse trágico o suficiente isso aconteceu na década de 80, quando os portadores de AIDS eram muito discriminados, não havia muitas informações na época e os portadores da doença eram vistos como pessoas já mortas.
Quando Valéria descobre que é portadora da doença ela se depara com diversas situações comuns ao portador do vírus HIV, ela tem que lidar com os olhares de pena dos pais, esconder a doença dos amigos e familiares por medo de ser descriminada, evitar se relacionar com outras pessoas por medo de que elas descubram ou venham a se contaminar com sua doença.
Ela é uma menina jovem que acredita estar prestes a morrer, e para fugir de tudo isso ela resolve ir para os Estados Unidos que tinha um melhor tratamento da doença e as pessoas conviviam normalmente com os portadores do vírus. Por esse motivo o livro se chama "Depois daquela viagem", porque lá nos Estados Unidos ela aprende a viver com a doença. Ela descobre que não está prestes a morrer, e que ainda pode viver bem e ajudar outras pessoas que tem a mesma doença.
Esse livro é muito interessante, por que através dele você percebe que o aidético não é vitima só do preconceito de outras pessoas, mas muitas vezes ele mesmo se trata com preconceito; nos ensina a olhar para o portador como uma pessoa que inicialmente está perdido, confuso e com medo por causa