Doenças Metabólicas relacionada ao alcoolismo crônico
O consumo de álcool (etanol) em quantidades moderadas geralmente não é prejudicial, mas em quantidades excessivas e por um longo período (crônico), o álcool pode causar sérios danos físicos e psicológicos. O alcoolismo é um problema de saúde pública de escala mundial. (MINCIS & MINCIS, 2007)
O uso prejudicial do álcool é uma ameaça particularmente grave para os homens, sendo o principal fator de risco de morte em homens com idades compreendidas entre 15-59 anos, principalmente devido a lesões, violência e doenças cardiovasculares e, ainda, globalmente, 6,2% de todas as mortes de homens são atribuíveis ao álcool, em comparação a 1,1% das mortes femininas (BUCHO, 2012).
A comprovação da hepatoxicidade do etanol baseou-se em estudos epidemiológicos e em trabalhos realizados, principalmente em macacos babuínos e no próprio homem. Estudos epidemiológicos possibilitaram demonstrar que há correlação entre o consumo per capita de etanol e índices de mortalidade por cirrose em vários países. Estudos epidemiológicos possibilitaram demonstrar que há correlação entre o consumo per capita de etanol e índices de mortalidade por cirrose em vários países. (MINCIS & MINCIS, 2007)
Neste contexto, dentro das várias patologias associadas ao consumo excessivo e crônico do álcool, uma das doenças mais relevante é a doença hepática alcoólica (DHA), que é considerada uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo (BUCHO, 2012).
A doença hepática alcoólica é uma consequência primária do uso excessivo e prolongado do álcool. Quanto maior o consumo de álcool e a duração desse consumo, maior é a probabilidade do desenvolvimento de doença hepática.
A fisiopatologia da doença hepática alcoólica envolve as consequências do metabolismo do álcool e mecanismos secundários, tais como o stress oxidativo, a depleção da glutationa, a produção de endotoxinas, citocinas e reguladores imunológicos.
Trata-se de uma doença multifatorial, complexa e