Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, é definida como um estado patológico, caracterizado por limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível; inclui o enfisema, distúrbio que se caracteriza por destruição e dilatação dos alvéolos pulmonares; a bronquite crónica, inflamação definida clinicamente por tosse crónica e expectoração purulenta; e a doença das pequenas vias aéreas, distúrbio no qual os bronquíolos distais se encontram estreitados. A doença das pequenas vias aéreas contribui para a obstrução tanto no enfisema quanto na bronquite crónica.
A patogénese da bronquite crónica pode ser dividida em vários passos:
Em todos os fumadores resposta imune inata (RII): uma explicação plausível para a ativação da RII é a "hipótese de perigo" de Matzinger. Da lesão resulta a libertação de "sinais de perigo" que atuam, no epitélio, como ligantes para os Toll-like receptors 2 e 4 (TLRs). Esta ligação permite uma activação do factor nuclear kB (NF-kB) e, consequentemente, uma activação de macrófagos e neutrófilos que produzem mediadores de inflamação (quimiocinas e citoquinas); estes, juntamente com as ROS, amplificam a lesão tecidual inicial através de: lesão da MEC, mediada por TRL; lesão tecidual, afectando a elastina; e a produção de antigénios através da apoptose e necrose das células endoteliais e epiteliais.
Em alguns fumadores susceptíveis resposta imune adaptativa: a cadeia de eventos do evento 1 pode levar à maturação das células dendríticas, que expressam elevados níveis de proteínas do MHC-II e de moléculas co-estimulatórias CD80 e CD86, direccionando-as para os gânglios linfáticos locais, onde apresentam os antigénios as células T. As IL-6 expressas pelas células dendríticas, favorecem a produção de células T efectoras, superando os