DOEN A DE PARKINSON
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES A doença de Parkinson (DP), antigamente vista como uma doença com manifestações puramente motoras, segundo as primeiras descrições de James Parkinson, atualmente é tida como uma doença com as mais diversas apresentações. Devido ao aumento da sobrevida da nossa população e, com isso, à maior prevalência de doenças degenerativas, é fundamental que o clínico saiba reconhecer os sintomas dessa doença e que tenha familiaridade com o tratamento para permitir uma melhor qualidade de vida ao paciente. O paciente com DP, na maioria dos casos, procura auxilio médico com queixa de tremor, porém outras apresentações podem ser vistas e, por serem menos comuns, são mais dificilmente reconhecidas. Para o diagnóstico de parkinsonismo, a presença de pelo menos dois dos sinais cardinais abaixo são essenciais: bradicinesia: é a pobreza do movimento automático. Observa-se isso na presença de lentidão para realizar tarefas a que estava habituado. Na marcha, observam-se passos pequenos e lentos, além da pobreza de movimentos automáticos, como o balançar dos braços;
tremor: tipicamente de repouso, o tremor do parkinsonismo costuma ter características peculiares, como o movimento em “contar de notas”, com uma amplitude moderada e uma freqüência que varia de 5 a 8 Hz;
rigidez: presente quando observamos uma menor amplitude ao realizar os movimentos associados à rigidez muscular, sendo confirmado com a presença do sinal da roda denteada. Esse sinal é verificado quando determinado membro é deslocado passivamente pelo examinador e se verificam, superpostos à rigidez, curtos períodos de liberação muscular rítmicos e intermitentes;
instabilidade postural: incapacidade de equilibrar-se, às vezes com história de quedas freqüentes. Ao examinarmos, podemos dar leve empurrão no paciente e observar sua reação para equilibrar-se. A presença de dois desses quatro sinais leva ao diagnóstico de parkinsonismo. A avaliação