A máquina econômica global global frequentemente frequentemente é difícil de ser regrada, regulada, notadamente por causa das interferências da lógica financeira do lucro especulativo cujas apostas e riscos perturbam o equilíbrio econômico ente investimento, salários e consumo. Vivemos uma situação de desigualdade econômica crescente, em uma situação tão desequilibrada, obviamente podemos esperar que se desenvolvam tanto ideologias nacionalistas ou religiosas, até as mais reacionárias. O indivíduo única e abstratamente consumidor, não existe e não pode existir. Não existe identidade sem alteridade, isto é, sem relação, uma relação que em nenhum caso é apenas econômica, trata-se de um obstáculo especificamente antropológico que mexe com a definição das identidades individuais e coletivas. A questão da identidade é simultaneamente individual e plural. Trata-se da aposta política maior já sublinhada por nós: Nenhum individuo pode viver isolado, menos ainda conceber-se isolado, já que a relação com os outros é essencial na definição e na perceção da identidade individual. A ação política tem dois imperativos complementares: garantir a liberdade dos indivíduos e preservar a possibilidade das relações , a democracia vela para que nenhum desses dois imperativos avance sobre o outro: nem anarquia, nem totalitarismo A crise da qual tanto se fala hoje em da apresenta realmente uma crise de pensar o universal, sufocado pelas imagens do mundo global, a crise atual não é somente financeira, ela não é simplesmente econômica política ou social . Essa crise do universal é ao mesmo tempo uma crise de consciência planetária, uma crise de relação e uma crise dos fins. A crise de consciência planetária concerne ao nosso lugar no universo: sabemos que vivemos num planeta infinitamente pequeno num universo infinitamente grande, um planeta frágil no qual o tratamos mal. A crise de relação, está no coração de toda crise de dimensão social, já que, se não existo sem os outros,