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Apesar de uma resenha do livro A Metamorfose já ter sido publicada aqui no blog, resolvi também compartilhar com vocês uma análise que escrevi para a faculdade sobre esse mesmo livro.
A Metamorfose é uma novela escrita por Franz Kafka em 1912, mas somente impressa em 1915, em uma revista alemã chamada Die Weissen Blätter – em português As Folhas Brancas –, no contexto da Belle Époque – período marcado por transformações culturais que influenciaram o modo como as pessoas viviam e pensavam –, antecedendo em dois anos a Primeira Guerra Mundial. No Brasil, foi primeiramente publicado em 1956, pela Editora Civilização Brasileira.
A obra é dividida em três partes. Na primeira parte, acompanhamos um Gregor (o protagonista da história) recém metamorfoseado, e observamos a maneira como é recebido por sua família em sua nova forma. Na segunda parte, assistimos ao cotidiano de um Gregor isolado e rejeitado. Já na terceira e última parte, observamos o fim de um Gregor fraco e abalado psicologicamente.
A Metamorfose é narrada por um narrador onisciente (heterodiegético), a partir da perspectiva do personagem principal. Essa ligação do narrador ao protagonista perdura até o momento da morte deste, quando o narrador se desprende de Gregor e passa a enfocar sua família.
Quanto aos personagens, Gregor Samsa é um personagem redondo (modelado) pois é bem acabado e caracterizado. Já os personagens secundários podem ser considerados planos (desenhados), inclusive a irmã de Gregor, Grete, que no final da novela assume uma postura dura e insensível em relação ao monstruoso inseto que está no lugar de seu irmão.
O tempo da narrativa é cronológico, ou seja, os fatos estão dispostos em ordem de acontecimento. Grande parte da história se passa no quarto de Gregor, afinal, é lá que ele passa a maior parte de seu tempo depois de transformado. Todavia, não é esclarecido em que época a história se passa, pois datas nunca são