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As infecções neonatais fazem parte do contexto das Infecções Relacionadas a Assistência de Saúde e são consideradas um problema de saúde pública em âmbito mundial. Essas infecções são uma das causas da morbimortalidade neonatal, e podem ocorrer devido às práticas assistenciais da atenção primária de saúde, no que se refere às ações do prénatal, assim como no atendimento a nível hospitalar.
Em virtude da ampliação do foco, que não se restringe apenas ao ambiente hospitalar, é que o termo Infecção Hospitalar (IH) foi ampliado por IRAS, que se refere à infecção relacionada à assistência de saúde em todos os níveis de atenção. Essa denominação foi modificada pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) no guideline para precauções de isolamento de 2007
(SIEGEL, et al. 2007). As “IRAS em Neonatologia” contemplam tanto as infecções relacionadas à assistência como aquelas relacionadas à falha na assistência, quanto à prevenção, diagnóstico e tratamento, a exemplo das infecções trans placentárias e infecção precoce neonatal de origem materna. Este novo conceito visa à prevenção mais abrangente das infecções do período prénatal, perinatal e neonatal. As infecções congênitas também são consideradas como Infecção relacionada à assistência de saúde, sendo transmitidas por via congênita durante a gravidez (BRASIL, 2010).
Nesse sentido, é importante ressaltar o conceito de IH nas instituições de saúde, que, segundo a Portaria nº 2.616/98 do Ministério da Saúde (MS), define como IH aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, desde que esteja relacionada com a internação ou a procedimentos hospitalares, podendo se manifestar de forma sistêmica ou local e com aparecimento após 48 horas da admissão