Do Mito Do Desenvolvimento Econ Mico
Clério Plein1, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasile Eduardo Ernesto Filippi2, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pág.14-23.
1 Doutorando e Mestre em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).
2 Economista, mestre em Economia Rural e doutor em Economia Política. Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Do mito do desenvolvimento econômico ao mito do progresso: uma homenagem a Celso Furtado e Gilberto Dupas trata-se de uma resenha crítica didática onde os autores ClérioPlein e Eduardo Filippi fazem uma leitura cruzada das Obras O mito do desenvolvimento econômico (Furtado, 1974) e O mito do progresso (Dupas, 2006), evidenciando a compatibilidade de pensamentos entre os dois autores.
Nos textos O mito do desenvolvimento econômico (Furtado, 1974) e O mito do progresso (Dupas, 2006), ficam bastante claro que as convicções dos autores em relação ao progresso pregado pelo sistema capitalista, com foco nas questões de desigualdade social provocada neste sistema. Embora ambos os autores tenham vivido em diferentes épocas e vivenciando diferentes fatos que marcaram a economia brasileira, os mesmos deixam claro que o desenvolvimento e progresso na economia do país, não é o mesmo que dizer que ocorreu a diminuição da pobreza e da agressão ao meio ambiente. Os dois autores também fazem referencia sobre a variável central da economia, o PIB, que ao medir a economia de um país, não levam em conta os prejuízos ambientais e o nível de desigualdade que ocorre entre as divisões dos lucros da economia, (Furtado, 1974, p. 16) diz que:
As grandes metrópoles modernas com seu ar irrespirável, crescente criminalidade, deterioração dos serviços públicos, fuga da juventude na anticultura, surgiram como um pesadelo no sonho de progresso linear