Do Latim facere
Set/2014
“(...) Quando se decompõe uma sociedade, o que se acha como resíduo final não é o Indivíduo mas sim a família .”
Victor Hugo
“Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.”
Khalil Gibran
Em pesquisa realizada recentemente pelo Ibope, 82% dos entrevistados acreditam que atos de carinho podem ajudar a construir um país melhor.i Apesar de esta pesquisa ter como objetivo identificar como o brasileiro entende e pratica o voluntariado, serve-nos de gancho para discutirmos o papel na família na educação de nossas crianças, já que necessitamos de ambas para a formação de uma nação mais digna, e a cada dia que passa, identificamos uma dissonância entre pais e filhos, tendo como consequência verdadeiros fracassos.
Este mau êxito reflete-se em diversos segmentos de nossa coletividade e, embora não haja uma discurso uníssono quanto ao papel desempenhado pelo afeto no processo de aquisição do saber, é fato que os laços afetivos interferem diretamente no cognitivo. O ser humano nasce com 30% de sua inteligência e o restante é potencializado através dos estímulos dados a esse ser. O carinho surge então como elo importantíssimo para o resgate das Instituições Família, Escola e
Sociedade.
É essencial identificar que, mesmo o modelo de família tendo sido modificado nas últimas décadas, a mesma não deixa de ser o principal núcleo de crescimento e desenvolvimento para todos seus membros, sendo nela os primeiros momentos de aprendizagem (protoaprendizagem e deuteroaprendizagem). É na vida em família que a criança estabelece suas primeiras relações e diferenças, dando-se a aprendizagem no estímulo ao pensamento, feito por seus pais, desde a gestação, onde são absorvidos os primeiros saberes e aprofundados os vínculos humanos. Entretanto, como observado em