DO IMPERIALISMO BRITÂNICO AO NORTE-AMERICANO
A Guerra de Secessão consolidou o capitalismo nos Estados Unidos da América. O Norte burguês, industrial e protecionista se impôs ao Sul aristocrático, agrário, livre-cambista e escravista.
Na virada do século XIX para o XX, a Doutrina Monroe desembocou na Doutrina Roosevelt e no Big Stick de Theodore Roosevelt. O capitalismo norte-americano, consolidado internamente, debruçou seu olhar para a América Latina. O Destino Manifesto, fundamento ideológico da expansão territorial interna, ultrapassou as fronteiras físicas. Os territórios conquistados ao México, o caso panamenho contra a Colômbia em função do canal do Panamá, a Emenda Platt imposta a Cuba, a invasão dos mariners em Tampico, no México revolucionário são exemplos inegáveis do embrionário, mas já truculento, imperialismo norte-americano. Dispensando metáforas, em 1912, o Presidente Willian H. Taft disse: “Não está longe o dia em que três bandeiras de listras e estrelas marcarão em três lugares a extensão do nosso território: uma no pólo Norte, outra no Canal do Panamá e a terceira no pólo Sul. Todo hemisfério será nosso, de fato, como, em virtude de nossa superioridade racial, já é nosso moralmente”.
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Ao se dissipar a fumaça da Primeira Guerra Mundial, Washington substituía Londres como pólo do capitalismo. Os Estados Unidos passaram de devedores a credores da Europa. E sua burguesia traduziu a guerra como um grande e lucrativo negócio. Seus produtos entraram em áreas até então dominadas por mercadorias europeias, inclusive na própria Europa.
Segundo alguns analistas, a Primeira Guerra Mundial fez surgir o “quarto ciclo sistêmico de acumulação”, precedido pelo genovês (século XV e XVI), pelo holandês (séculos XVI e XVII) e pelo britânico (séculos XVIII e XIX). Nos dizeres de Giovanni Arrighi, o ciclo norte-americano dominou o “longo século XX” (Ler neste blog meu texto anterior: Imperialismo Britânico na Índia – 2).
O PERÍODO ENTRE-GUERRAS E A SEGUNDA GUERRA
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