Do censo 2010 do ibge como fonte de informação para a implementação de políticas públicas
UMA PRIMEIRA ABORDAGEM SOCIAL E HISTÓRICA
Salvatore Santagada1
Resumo. O objetivo deste trabalho é apresentar, de forma sucinta, o contexto socioeconômico e a evolução histórica dos indicadores sociais no plano internacional a partir dos anos 1960 e, em especial, os estudos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Além disso, apresenta-se uma visão panorâmica dos indicadores sociais no Brasil.
1 Introdução
Entre a ampla gama de questões que os indicadores sociais provocam, busca-se examinar, em primeiro lugar, o contexto socioeconômico que originou a sua construção e o debate que os envolvem. Em segundo lugar, mostrar a evolução histórica, no plano internacional, abordando, de forma especial, os estudos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Em terceiro lugar descrever, a partir de alguns trabalhos selecionados, como ocorreu a construção dos indicadores sociais no âmbito nacional.
2 O contexto social, econômico e político
O modelo de acumulação capitalista que se formou nos centros hegemônicos (EUA, Canadá, Japão e Europa Ocidental), após a
Segunda Guerra Mundial, até meados da década de 1960, tem características que o distinguem das fases de evolução anteriores do sistema. Os países do Norte mediam seu grau de civilização pelo nível de sua produção. Nas palavras do presidente Harry Truman (1949), as
“áreas subdesenvolvidas” deveriam participar da corrida pelo desenvolvimento para superar ou alcançar os países melhor posicionados no desenvolvimento econômico (SACHS, 1997). dos anos 1960 manifestou-se inicialmente, para o Estado, como crise fiscal e isso dificulta o cumprimento das tarefas de política social.
Como conseqüência, temos uma desmontagem e uma remontagem do
Estado de Bem-Estar Social; logo, os fundamentos da existência do
Estado de Bem-Estar ficam enfraquecidos e também entram em crise.
Buci-Glucksmann e Therborn (1983) periodizaram a crise do “Estado
Keynesiano”,