DIÁRIO DE CAMPO-A CASA DOS MORTOS
E DAS MISSÕES/ CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN
PÓS-GRADUAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL COLETIVA
DISCIPLINA – INTERDISCIPLINARIDADE EM SAÚDE MENTAL
DOCENTE – LOIVA DOS SANTOS LEITE
ALUNA – TAÍS SOBRINHO BARRENHA
DIÁRIO DE CAMPO – feito a partir do documentário A CASA DOS MORTOS, que relata o cotidiano do HCT – Hospital de Custódia e Tratamento em Salvador/BA cuja diretora é a antropóloga Débora Diniz. Narrado pela voz de Bubu, um escritor com 12 internações em manicômios e que recita no decorrer do documentário um poema de autoria própria.
O documentário é filmado no HCT – Hospital de Custódia e Tratamento, que fica em Salvador/BA. É um manicômio judiciário para onde são mandados indivíduos portadores de doenças mentais e que praticaram crimes. Nesses casos é aplicada a medida de segurança, que pode ser desde internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico até sujeição a tratamento ambulatorial, ou seja, sem a necessidade da internação.
Percebe-se uma estrutura inadequada para abrigar os sujeitos, superlotação, falta de cuidados e de higiene, condições precárias de atendimento pela falta de funcionários, quase não se vê os funcionários da instituição, camas pelos corredores e pessoas jogadas no chão ou pelos corredores.
Observa-se um abandono dos pacientes, muitos não apresentam expressão facial nenhuma, totalmente institucionalizados. As roupas eram iguais para todos. As acomodações lembram as do presídio mais do que as de um hospital.
Uma cena das muitas me chamou muito a atenção. Foi quando um paciente deu entrada e foi recebido por uma funcionária, enquanto faz a entrevista ela pergunta se o paciente quando foi preso estava tomando “remédio pra cabeça” com um certo tom de deboche, me pareceu, tom esse que permanece até o final da entrevista.
Outra cena em que evangélicos pregam no pátio para os pacientes.
A hora da medicação, quando se verifica se cada paciente toma