divisão social do trabalho
A divisão social do trabalho é o modo como se distribui o trabalho nas diferentes sociedades ou estruturas sócio-económicas e que surge quando grupos de produtores realizam actividades específicas em consequência do avanço dum certo grau de desenvolvimento das forças produtivas e de organização interna das comunidades. Com a determinação de funções para as formas variadas e múltiplas do trabalho constituem-se grupos sociais que se diferenciam de acordo com a sua implantação no processo de produção.
No começo, a divisão do trabalho limitava-se a uma distribuição de tarefas entre homens e mulheres ou entre adultos, anciãos ou crianças, em virtude da força física, das necessidades ou do acaso, não originando portanto diferenças de natureza social.
A separação de atividades entre homens e mulheres se acentuou com desenvolvimento da agricultura, que originou profundas divisões sociais no trabalho, abrindo uma brecha na organização gentílica que refletiu na posse dos bens materiais.
As mulheres deixaram o trabalho agrícola e passaram a se dedicar aos trabalhos domésticos, a filiação, a tecelagem e também a horticultura recolha de frutos e plantas comestíveis, tornando a divisão social do trabalho entre os sexos muito nítida, sendo assim as mulheres ficavam de fora da participação social e política.
As comunidades nómadas foram criadas por tribos ricas em pastagens que abandonaram a agricultura e passaram a se dedicar a criação de animais.
O uso de novos instrumentos de trabalho mais aperfeiçoados e complexos determina uma especialização que contribuiu para o aparecimento dos artesãos, indivíduos dedicados exclusivamente ao seu fabrico e manutenção, que depois terão de trocar por géneros alimentícios. O desenvolvimento destas actividades especializadas culmina na separação entre o artesanato e a agricultura, que conduziu à intensificação das trocas diretas internas e, posteriormente, das trocas indiretas através do mercado