Divida publica de Mocambique
O motivo da crise da União Monetária se centrar na dívida externa deve-se ao facto de grande parte dessa dívida pertencer ao sector privado externo, e isso ser um factor com consequências desastrosas caso haja incumprimento ou reestruturação da dívida, pois levará a uma descredibilização, durante longos anos do país.
É verdade que a elevada dívida pública é importante na crise dos países da Zona-Euro, mas a experiência da UE, sugere que por si só a dívida pública não explica tudo.
Numa União Monetária supor-se que a dívida pública não tem riscos é errado, pois os países desta união não têm como emitir moeda para pagar essa dívida, tendo de recorrer a outras políticas alternativas. Estes países podem aumentar a carga fiscal, gerando receita, e evitando o incumprimento no pagamento da dívida, e mantendo assim a credibilidade e a confiança dos mercados.
No entanto é óbvio que quando a dívida assume valores muito elevados, não se pode simplesmente aumentar impostos desmedidamente, pois é um completo roubo para os contribuintes.
No caso de a dívida estar na posse de residentes, ser interna, o governo pode aumentar impostos, aplicar taxa sobre quem possui obrigações, reduzindo assim o valor a pagar, ou gerando receita para pagar. O governo pode ainda aplicar taxas sobre os activos estrangeiros dos residentes.
Outra vantagem evidente da dívida pública interna é o facto dos juros resultantes dessas obrigações não irem para o exterior, como na dívida externa, mantendo o dinheiro no país e o poder de compra.
Desvantagem da dívida pública é que a decisão do Governo de falhar internamente, é bastante impopular, pois quem vota é a população residente, e iriam castigar os governos por estas medidas impopulares. Outra desvantagem é a dívida interna ser insuficiente para cobrir a oferta.
No caso de a dívida estar na posse de elementos estrangeiros, os governos deixam de ter alternativas, pois não lhes podem aplicar