divida externa
Dívida externa é o somatório dos débitos de um país, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por empresas estatais ou privadas. Esses recursos podem ser provenientes de governos, entidades financeiras internacionais, bancos ou empresas privadas.
O Brasil, como nação, já nasceu com dividas. A primeira divida externa brasileira começou em 1824, quando o Brasil pagaria a Portugal 3,7 milhões de libras esterlinas (emprestados da Inglaterra) para cobrir dividas do período colonial e significaria um pagamento pelo reconhecimento da sua independência. Em 1829 houve uma renegociação da divida que foi chamado de “ ruinoso”, seria outro empréstimo para cobrir parcelas que não foram pagas do empréstimo anterior. O Brasil recebeu apenas 52% do total emprestado. Essa renegociação ainda não foi o suficiente para o Brasil quitar suas dividas, em 1843 e 1852 dois novos empréstimos foram feitos para pagar os débitos do primeiro empréstimo, que foi saldado apenas em 1890.
Da independência até o fim da Monarquia, o Brasil contraiu 17 empréstimos em bancos ingleses, para quitar débitos antigos. A Guerra contra o Paraguai trouxe mais dividas com a Inglaterra, como esse conflito interessava à Inglaterra, forneceram os navios e empréstimos ao Brasil para bancar o conflito.
Em 1898 Campos Salles foi eleito presidente, e antes mesmo da posse do governo viajou a Inglaterra para renegociar as dividas com os banqueiros, e firmou um acordo que suspendia o pagamento das dividas por um período de 13 anos, e o pagamento dos juros deveria ser realizado em 3 anos, esse acordo ficou conhecido como “Funding Loan”.As rendas das alfândegas brasileiras ficaram hipotecadas aos credores ingleses como forma de garantia do cumprimento do acordo.
Em 1906 houve um novo endividamento de 3,7 milhões de libras, surgia o inicio da “Política de valorização do café”. Os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro assinaram o