Divida Externa
A Divida externa portuguesa e o
Serviço da divida
A divida externa
Para sabermos o que é a divida externa, é preciso começar por saber o que é o Orçamento de Estado. O Orçamento de Estado é o documento onde se inserem as previsões das receitas e das despesas do Estado para o ano seguinte. Este documento é discutido (e aprovado) na Assembleia da República. A diferença entre as receitas e as despesas dá origem ao défice público, quando as despesas do Estado são superiores às receitas. Para obtermos a percentagem (%) do défice em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), faz-se a operação = .
O acumular dos sucessivos défices públicos dá origem à divida pública. A divida pública portuguesa já ultrapassou há anos a meta dos 60% do PIB, valor estipulado aquando da assinatura do PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento). Em 2010, a divida pública situava-se perto dos 77% do PIB (Em 2010 o PIB português era cerca de 163 mil milhões de euros, ou seja, a divida pública era de 125 mil milhões de euros). Simultaneamente, a divida externa portuguesa (resulta de empréstimos e financiamentos contraídos aos países estrangeiros por parte das Administrações Públicas, empresas estatais e locais, das famílias, empresas privadas e bancos) atinge o patamar dos 233% do PIB (380 mil milhões de euros), ou seja, o valor da divida externa portuguesa é mais do dobro do valor do PIB nacional.
Os responsáveis e o Serviço da divida
Os principais responsáveis pelo insustentável endividamento externo do país são os políticos, pois foram eles que de forma incompetente autorizaram e contraíram sucessivos empréstimos que se mostraram excessivos e que Portugal não consegue suportar. Devido a estes constantes empréstimos contraídos, o serviço da divida torna-se absolutamente limitador das acções económicas dos governos, pois uma parte das receitas está desde logo comprometido. De facto, a divida externa obriga os países a