Divida externa
DESENVOLVIMENTO DO MERCOSUL
JOÃO HÉLIO FERREIRA PES*
Introdução
A dívida externa dos países do terceiro mundo tem sido um dos grandes problemas para o desenvolvimento econômico dessas nações e por conseqüência uma das causas provocadoras de exclusão social que atinge milhões de seres humanos.
Os países integrantes do Mercosul, assim como os demais blocos econômicos formados por países em desenvolvimento, também são vítimas dessa situação, pois ao serem devedores de vultosas quantias passam a ser dependentes de políticas traçadas pelos organismos internacionais e pelas grandes potências, que não tem compromissos com o desenvolvimento econômico endógeno e, muito menos, com as populações de cada país.
A preocupação com a dívida externa fez com que, recentemente, representantes de altas instâncias dos países em desenvolvimento, como o Grupo dos 77, Movimento dos Não-Alinhados, Cnuced e organização da unidade
Africana(OUA), reunissem, um dia antes do encontro do G-8, realizado em Nago - Okinawa (Japão), para pedir aos países ricos o cumprimento da promessa, feita na reunião anterior em Colônia (Alemanha), de reduzir a dívida dos países mais pobres.
No encontro de Okinawa os representantes dos ricos, G-8: Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Itália, Japão e Russia, decidiram quanto à dívida , apenas, "acelerar o tratamento dos expedientes dos 20 países pobres muito endividados para que possam ter suas dívidas aliviadas neste ano". Segundo Adrian Lovett, dirigente da ONG "Jubileu 2000" em depoimento noticiado pela imprensa mundial, esta decisão atingirá só uns US$ 15 bilhões dos US$ 100 bilhões de dólares de anulação de dívidas prometidos pelos oito mais poderosos do planeta em reunião de 1999 na Alemanha.
Os líderes das sete nações mais industrializadas, mais a Rússia, ou seja, o G-8, incluíram na pauta de discussão o tema do alívio da dívida dos países pobres