divida externa

Divida externa

Definição
Dívida externa é o somatório dos débitos de um país, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos no exterior. É comum atrelar esses empréstimos ao apenas ao Governo, mas nesse somatório entra as dívidas feitas por empresas estatais ou privadas também. Esses recursos podem ser provenientes de empréstimos com governos, entidades financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial, etc.), bancos ou empresas privadas.

Como começou
Sua origem remonta à Independência do país, no século XIX. O primeiro empréstimo brasileiro foi feito por Dom Pedro I, em 1824, aparentemente com a finalidade de cobrir dívidas da era colonial; no entanto, era uma espécie de pagamento a Portugal para reconhecimento do Brasil como país independente, o que nada modificou a estrutura político-administrativa do Brasil. A aceitação do pagamento da indenização está ligada aos vínculos mantidos com Portugal e ao mesmo tempo aos interesses ingleses, que somente reconheceu nossa soberania após o acordo com Portugal.

Em 1829 foi realizado novo empréstimo que passou para a história como "o ruinoso" e serviu para cobrir parcelas não pagas do empréstimo anterior. Do total tomado emprestado, o Brasil recebeu apenas 52%, pois o restante serviu para cobrir os juros da dívida anterior.

Ainda no Império, em 1843 e 1852, foram realizados importantes empréstimos que também visavam pagar débitos relativos ao primeiro empréstimo, que só foi saldado em 1890. Foram feitos da independência até o final da Monarquia 17 empréstimos com os bancos ingleses, todos para quitar as antigas dívidas. O envolvimento do Brasil na Guerra do Paraguai resultou num importante aumento da dívida do país; novamente os empréstimos foram feitos com a Inglaterra, que forneceu navios e investimentos no combate.

Empréstimos na Primeira República

Durante a república do "café com leite" o endividamento aumentou ainda mais. O presidente Campos Salles, eleito em 1898, viajou à Inglaterra