Diversos

Restaurantes de comida rápida, os fast-foods, em praças de alimentação em shopping-centers
Restaurantes de comida rápida, os fast-foods, em praças de alimentação em shopping-centers: transformações no comer Introdução
O presente texto é resultado de reflexões derivadas a partir de minha dissertação de mestrado1, na qual tratei das representações do comer em restaurantes de comida rápida, os fast-foods, em praças de alimentação. O desenvolvimento desse tema foi decorrente de um interesse em compreender relações entre as pessoas e o alimento, focalizando as refeições tomadas fora dos limites domésticos, ao notar que este hábito tomou corpo no cotidiano de uma boa parcela da classe média urbana.
A possibilidade de tomar refeições fora de casa e a crescente observação dessa prática, muito devido ao ritmo de vida urbano, traz novas possibilidades de interpretação do comer. A alimentação, assim, deixa de ter um papel central na vida familiar e doméstica, levando ao desaparecimento de características atribuídas como fundamentais, especialmente quando é cada vez mais comum ter um acesso maior não só aos restaurantes, mas a uma série de produtos industrializados que oferecem pratos prontos, verduras congeladas, doces, iogurtes etc. comprados e consumidos facilmente. Desse modo, a referência ao comer moderno no senso comum, na mídia, assim como na opinião de profissionais de saúde vem ganhando uma crescente conotação negativa, atribuída também ao tempo escasso, ao excesso de oferta de alimentos pouco “saudáveis”, à falta de preocupação dos pais em torno da alimentação infantil devido à ausência de atenção dos responsáveis, ao comer contínuo sem regras e horários, entre outros fatores. Este quadro daria forma a um conjunto de elementos agindo no sentido de desregrar o comer empreendido até o momento.
Desse modo, a alimentação sugere estar com uma perda de parâmetros importantes, uma vez que ao multiplicar as opções existentes, que neste texto serão visualizadas no