2.2 Antimônio (Sb) O antimônio é um potente estabilizador de perlita em ferros fundidos. Seus efeitos são similares aos do estanho, é geralmente de 2 a 4 vezes mais efetivo e de custo mais reduzido, dependendo do ferro base o qual é adicionado (Modern casting, 2000), ou seja, dependendo da composição química do ferro base, onde teores de carbono, silício e elementos de liga influenciam nesta eficiência. Este elemento é particularmente efetivo em seções onde grafitas do tipo B, D ou E são inevitáveis. Além do efeito perlitizante, é usado na prevenção da quebra da perlita em altas temperaturas. Quanto a influência sobre as propriedades mecânicas, mostra-se que há algumas contradições quanto a aumento de dureza, decréscimo da resistência à tração e cisalhamento. Na prática, observa-se que ocorre um ganho em ambas as propriedades mecânicas. Umas das possíveis causas desse ganho em ambas as propriedades pode estar relacionada ao fato do antimônio ser altamente solúvel na austenita, formando solução sólida substitucional na austenita promovendo o efeito de barreira durante a difusão do carbono na solidificação. Esse efeito de barreira impossibilita a saída do carbono da austenita, onde durante a reação eutetóide, forma a perlita. Logo, o fato de ser altamente solúvel na austenita, reduz a tendência a formação de carboneto no contorno de célula eutética. Não se trabalha com teores acima de 0,16%, onde teores efetivos finais ficam na faixa de 0,02 a 0,06% . O antimônio quando presente em concentrações superiores a 50 a 100 ppm (0,005 a 0,010% Sb) causaria degenerescência da grafita esferoidal (Foundrymen`s guide to ductile iron microstructure, 1984). Na prática é relevada que concentrações superiores a 0,010% de Sb mantiveram os nódulos com as mesmas características do material sem a presença deste elemento, o que confirma que os teores que causam degeneração dagrafita são mais elevado
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