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A Hanseníase se transmite de pessoa para pessoa através das secreções das vias respiratórias (nariz e boca) através de um contato íntimo e prolongado com um doente sem tratamento. A enfermidade tem uma lenta evolução sendo que, após o contágio, o indivíduo leva de 2 a 10 anos para iniciar os sintomas. A maioria das pessoas tem resistência natural e não ficam doentes mesmo tendo contato com pessoas acometidas. Para um diagnóstico precoce, é necessário que os profissionais da saúde estejam preparados para fazer a suspeita desta enfermidade e que a população esteja atenta para os sinais e sintomas iniciais da Hanseníase.
Existe tratamento?
Os avanços da medicina na luta contra esta enfermidade e particularmente na terapêutica instituída, levaram a importantes resultados no tratamento desses pacientes: as sulfonas, na década de 40, a clofazimina, nos anos 60 e a rifampicina na década de 70, trouxeram a tão esperada cura da enfermidade. No início da década de 80, a Organização Mundial de Saúde recomendou a introdução da POLIQUIMIOTERAPIA para o tratamento de 100% dos pacientes em todo o mundo, através da associação de drogas que propicia maior eficácia, maior rapidez e menor risco de resistência medicamentosa. Este tratamento, hoje instituído em todo país gratuitamente nos serviços públicos de saúde, é simples e eficaz, levando a cura dos pacientes e interrompendo a cadeia de transmissão da doença assim que iniciada a primeira dose. O tratamento da Hanseníase é realizado nos Serviços de Saúde da rede municipal, gratuitamente, e sem necessidade de internação. Os pacientes em tratamento, podem conviver normalmente com sua família, seus colegas de trabalho e amigos, enfim permanecerem na sociedade sem nenhuma restrição.
O estigma social:
A Hanseníase é uma doença muito antiga, com uma terrível imagem na história e na memória da humanidade. Desde a antiguidade tem sido considerada uma doença contagiosa, mutilante e incurável,