diversos
No trabalho de LEWIN (1946), podem ser percebidos os primeiros passos da construção de uma nova concepção de investigação que, sem desprezar a objetividade e a validade do conhecimento, procura firmar um novo status para as ciências sociais. Convém, entretanto, destacar que a proposta lewiniana não carrega um componente emancipatório, mais tarde desenvolvido por outras vertentes da investigação-ação.
Pelo contrário, deixa ler nas entrelinhas de seu texto uma preocupação mais próxima da integração de determinados sujeitos (no caso, das minorias étnicas dos U.S.A.) ao contexto social. Pode-se objetar, porém, que sua preocupação está em modificar determinada situação, o que é correto. Muito provavelmente, por estas razões, suas preocupações e estratégias são retomados, posteriormente, em uma nova perspectiva, mais radicalmente preocupada com a emancipação.
Entretanto, uma elaboração que permanece utilizada até hoje, nos trabalhos de investigação-ação, inclusive os que se filiam a uma perspectiva emancipatória, é a espiral auto-reflexiva: "A administração social racional avança, portanto, numa espiral de fases, cada uma das quais compõem um ciclo de planejamento, ação e averiguação de fatos referentes ao resultado da ação" (LEWIN, 1946:22).
COSTA (1991), traça uma breve história da investigação-ação e assim descreve as preocupações de LEWIN (1946):
"Considerava [Lewin] que era possível captar as leis gerais da vida dos grupos através de uma cuidados observação e reflexão sobre os processos de mudança social comunitária. Usava o termo pesquisa-ação para descrever um processo de investigação que se move numa permanente espiral de